SE O VENTO NÃO SOPRAR
© Reginaldo Honório da Silva
Se o vento não soprar no outono
As declarações de amor que postei
Nas folhas de verde esperança
Que amarelecidas – na dita estação – cairão
Morrerão aos pés do arvoredo
Sem que saibas da angelitude
Que me encontrava quando postava
Declarações do amor infinito
Aos teus cabelos de finos fios negros
Teus castanhos olhos bonitos
Tua boca de guloso beijo
Teu cheiro de fêmea ardente
E teu calor de mulher amante.
Mas se o vento soprar no outono
Levará nas folhas amarelecidas
Todo amor que derramo alhures
E disperso em versos confessos
Quiçá te encontrará ainda
Nos mesmos sonhos de escola
Na mesma paixão adolescente
E te faça lembrar da menina
Que tive nos braços quando mulher
E que se foi sem prévio aviso
Quando os ventos de outono
Ignorantes do meu amor por ti
Te sopraram de mim para distante.
Rio Claro, 17 de fevereiro de 2012, às 10h50min.
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