- Gostaria muito de viver em Paz – diz o Príncipe Menino.
- E teu viver não é pautado por este sentimento? – questiona a Princesa Menina.
- Não mesmo.
- Mas que coisa. A aparência é de um relacionamento harmonioso. Um ambiente familiar tranqüilo.
- Pois é Menina. Aquilo que é chamado de Paz trata-se mais de um acordo não verbal em que fingimos algo que não é real.
- Nossa! Nunca sequer imaginei que houvesse uma falsa Paz.
- Sabe, muitas vezes para obter Paz, concordo em dar em troca algo de vital importância para mim. Pago um alto preço para obter a tão sonhada 'paz', sem nem mesmo me dar conta disso. Para obter esse tipo de paz, acabo abrindo mão da minha verdade, da minha voz, da minha criatividade, do meu verdadeiro Eu.
- Tudo fingimento então.
- Sim, é uma falsa Paz. A falsa paz acontece quando negamos a nós mesmos e concordamos com o outro apenas para evitar conflitos. Acontece quando nos acovardamos e evitamos olhar para a realidade, quando preferimos brincar em meio às ilusões, nossas ou de outros. A falsa paz acontece quando deixamos de ser quem somos, quando deixamos de dizer o que pensamos e de agir segundo o que acreditamos. Fingimos que concordamos, afinal, 'para que discordar'? Fingimos que gostamos, afinal, 'para que frustrar o outro'? Fingimos que sabemos, afinal, 'que diferença faz'?
- Entendo. São como máscaras que vamos sobrepondo.
- O problema é que, ao assumir essas máscaras deixamos de ser quem somos, traímos a nós mesmos, deixamos de revelar a nossa verdade, deixamos de presentear o mundo com aquilo que é único em cada um de nós. Além disso, acredite, a coisa toda não funciona. Nunca seremos de fato felizes se estivermos baseando a felicidade em uma falsa paz. Acabamos nos tornando ausentes e artificiais, e por mais que nos esforcemos, o outro acabará pressentindo essa falta de verdade, e acabará se afastando de nós. É fácil encontrar exemplos da 'falsa paz'. Pense naqueles relacionamentos em que tudo parece sempre calmo e equilibrado, mas onde não há crescimento, não há vida. É como uma poça de água parada. Perfeitamente parada, a ponto de começar a apodrecer, pois tudo o que fica estagnado acaba morrendo um dia.
A vida é aquilo que flui ininterruptamente.
Paz não é ausência de movimento, não é imobilidade, muito menos perfeição.
- O problema é que, ao assumir essas máscaras deixamos de ser quem somos, traímos a nós mesmos, deixamos de revelar a nossa verdade, deixamos de presentear o mundo com aquilo que é único em cada um de nós. Além disso, acredite, a coisa toda não funciona. Nunca seremos de fato felizes se estivermos baseando a felicidade em uma falsa paz. Acabamos nos tornando ausentes e artificiais, e por mais que nos esforcemos, o outro acabará pressentindo essa falta de verdade, e acabará se afastando de nós. É fácil encontrar exemplos da 'falsa paz'. Pense naqueles relacionamentos em que tudo parece sempre calmo e equilibrado, mas onde não há crescimento, não há vida. É como uma poça de água parada. Perfeitamente parada, a ponto de começar a apodrecer, pois tudo o que fica estagnado acaba morrendo um dia.
A vida é aquilo que flui ininterruptamente.
Paz não é ausência de movimento, não é imobilidade, muito menos perfeição.
- É verdade. Tudo o que é falso não resiste do Tempo.
Nem mesmo a Paz.
lindo
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