- Agora é tudo ou nada! – diz o Príncipe Menino.
- Nossa criança. Mais que coisa boa! – retruca a Rainha Menina.
- Pois é minha Rainha. Cansei da mesmice. Vou reformular.
- Está certo Menino. Se está infeliz, é hora de fazer tua transmutação. Fico feliz que tenha finalmente chegado ao ponto de tudo ou nada, pois quer dizer que esta matando vidas envelhecidas e enrijecidas dentro de você e renascendo para novos tempos.
- Sim Rainha. Tudo ou nada é quando decido minha viva. Quando realmente me transformo, não restando dúvidas do momento desse estado em que tudo para a valer a pena, em que nada pode mais me parar e, até mesmo a certeza do sofrimento me faria retornar.
- O tudo ou nada é uma transformação. E, como toda transformação ela sempre dói. As águias se descascam, tiram as próprias penas. As cobras trocam de pele e, nós, seres humanos, vamos substituindo as nossas cascas finas psicológicas, engrossando a casca das nossas couraças antidores e vamos crescendo. Mas os grandes seres humanos são aqueles que permanecem no seguinte estágio da evolução: devemos endurecer, mas sem perder jamais a ternura. Cascas grossas sim, mas sensibilidades tenras e finas, cada vez mais. – diz a Rainha.
E continua:
- Tudo ou nada: esse é o seu já, o seu daqui a pouco, mas jamais - por medo ou covardia - uma impossibilidade para viver todas as vidas que vivem dentro da sua vida.
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