POEMA DE MIM MESMO
© Reginaldo Honório da Silva
Agora preciso sair
Mas deixo postado aqui
Para quem olhar atrás da cortina
Meu pequeno estandarte
Nele tremula minha marca
Quem não olhar bem
Não abrir os olhos de poeta
Não verá estandarte algum
Não verá (por conseguinte)
Minha marca tremulando
Mas deixo postado ali
Meu sorriso de mil faces
Meu poema de mil disfarces
E minhas mentiras literárias
(Poeta que me faço, minto)
Mas a minha marca é impar
É como selo de segurança
Que precisa estar contra a luz
Ou no reverso do espelho
Para ser reconhecido
É como a digital impressa
Nas parábolas bíblicas
(longe de me fazer santo)
Uma confusão de sentidos
Num emaranhado de mistérios
Eis o estandarte que carrego
Legando aos olhos poético
A minha singular marca
Não para ser único
Apenas por me fazer poeta.
Rio Claro, 28 de março de 2012, às 11h00min.
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