As Vezes
Silvana Cervantes
Uma brisa leve me traz seu cheiro...
Entra descontraída pela janela
das minhas lembranças
E como quem nada quer,
se instala em minh'alma,
feito encanto que não se quebra,
nostalgia que ninguém leva...
As vezes,
ébrio pensamento em forma de eco
Ouve sua voz me chamando
Galante como antes,
Minha menina... Meu amor!
As vezes,
Engano a verdade,
Finjo que as luas não passaram
que os sonhos não acabaram
e lanço um sorriso impassível
mostrando que tudo é possível
As vezes,
tranço meus fios de cabelo,
e pergunto baixinho:
Onde estão suas mãos?
Que meus cabelos não desarruma?
Por que me deixou partir,
sem meu corpo tocar,
sem os olhos teus nos meus colocar...
As vezes, poucas vezes...
Intenciono gritar,
deixar a fera falar!
Palavras nunca ditas
verdades escondidas...
Mas sempre volto humilde,
isenta de coragem
envergonhada de tanta bobagem
E... me calo!
Porque as vezes, calar,
é a melhor forma de amar!
Silvana Cervantes
Uma brisa leve me traz seu cheiro...
Entra descontraída pela janela
das minhas lembranças
E como quem nada quer,
se instala em minh'alma,
feito encanto que não se quebra,
nostalgia que ninguém leva...
As vezes,
ébrio pensamento em forma de eco
Ouve sua voz me chamando
Galante como antes,
Minha menina... Meu amor!
As vezes,
Engano a verdade,
Finjo que as luas não passaram
que os sonhos não acabaram
e lanço um sorriso impassível
mostrando que tudo é possível
As vezes,
tranço meus fios de cabelo,
e pergunto baixinho:
Onde estão suas mãos?
Que meus cabelos não desarruma?
Por que me deixou partir,
sem meu corpo tocar,
sem os olhos teus nos meus colocar...
As vezes, poucas vezes...
Intenciono gritar,
deixar a fera falar!
Palavras nunca ditas
verdades escondidas...
Mas sempre volto humilde,
isenta de coragem
envergonhada de tanta bobagem
E... me calo!
Porque as vezes, calar,
é a melhor forma de amar!
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