O AMANHÃ !
José Geraldo Martinez
Queria, Jesus do céu,
se eu morresse amanhã,
que fosse assim,devagar
como os passos da alazã.
Sem pressa pra escutar
o nhambu longe a chorar,
Na radiante manhã!
Que eu visse ao longe,as campinas,
As matas beijando colinas
e demorasse a tarde inteira!
Morrer sem pressa de ver
o pôr-do-sol no horizonte
e a flor da laranjeira...
A lua por trás dos montes
e o barulho do riacho.
Queria,Jesus do céu!
ver os olhos dessa tarde
que em minha pele arde
na profunda cor do mel...
Queria o cheiro de Maria,
passarada em sinfonia
e o beijo do sereno.
E meu rosto já cansado,
com meus lábios orvalhados,
devagar,ia morrendo...
Queria,Jesus do céu,
ver estrelas que, ao léu,
o seu pai esparramou!
O sorriso dos meus filhos,
a chuva cair no milho
quando o céu por mim chorou...
Sentir o cheiro da terra
saindo das lindas quimeras,
do ipê roxo florido.
Escutar o cantar do vento,
em seu último lamento,
murmurando em meus ouvidos.
Queria,Jesus do céu,
os grilos da noite em coral,
pirilampos iluminados...
Ver a relva me abraçando
com o chão me agasalhando
e a lua do meu lado....
Ver a semente brotando
e minha morte chegando
como os passos da alazã,
Já teria me bastado,
morreria abençoado,
quando chegasse o AMANHÃ
José Geraldo Martinez
Queria, Jesus do céu,
se eu morresse amanhã,
que fosse assim,devagar
como os passos da alazã.
Sem pressa pra escutar
o nhambu longe a chorar,
Na radiante manhã!
Que eu visse ao longe,as campinas,
As matas beijando colinas
e demorasse a tarde inteira!
Morrer sem pressa de ver
o pôr-do-sol no horizonte
e a flor da laranjeira...
A lua por trás dos montes
e o barulho do riacho.
Queria,Jesus do céu!
ver os olhos dessa tarde
que em minha pele arde
na profunda cor do mel...
Queria o cheiro de Maria,
passarada em sinfonia
e o beijo do sereno.
E meu rosto já cansado,
com meus lábios orvalhados,
devagar,ia morrendo...
Queria,Jesus do céu,
ver estrelas que, ao léu,
o seu pai esparramou!
O sorriso dos meus filhos,
a chuva cair no milho
quando o céu por mim chorou...
Sentir o cheiro da terra
saindo das lindas quimeras,
do ipê roxo florido.
Escutar o cantar do vento,
em seu último lamento,
murmurando em meus ouvidos.
Queria,Jesus do céu,
os grilos da noite em coral,
pirilampos iluminados...
Ver a relva me abraçando
com o chão me agasalhando
e a lua do meu lado....
Ver a semente brotando
e minha morte chegando
como os passos da alazã,
Já teria me bastado,
morreria abençoado,
quando chegasse o AMANHÃ
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