A FOLHA SECA E O REMOINHO
© Reginaldo Honório da Silva
O Poeta da Estrada
A folha solta rola em meio à poeira
Que o remoinho dentro mim
Levanta sem cerimônia
Sem se importar se dói
Cantando a bel prazer
Tragicamente a folha solta esbarra
E se apregoa nos espinhos da roseira
E verte lágrimas de sangue
Em copioso pranto
Desenhando no ar o nome dela
O remoinho sem pedir licença
Roda mais forte e arrasta a folha seca
Que se rasga nos espinhos da roseira
No lamento do último suspiro
E apaga do ar o nome dela.
Rio Claro, 03 de novembro de 2010, às 15h50min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário