EU, NA SEGUNDA PESSOA
©Reginaldo Honorio da Silva - O Poeta da Estrada
Cá estamos nós – eu comigo mesmo – a sós.
Eu – na segunda pessoa – indignado, indago-me:
Foste no mínimo razoável?
Plausível? Seguro?
Asseguro-te, meu pobre eu,
Que de amor morreste,
Sem, contudo, perguntar-me se era eu,
Se era eu quem te queria magoar,
Ou foste, em teus vastos domínios sobre mim,
Tu, meu malogrado eu,
Despojado de amor próprio,
De orgulho arranhado,
Quem sucumbiste às mortalhas
Do amor tão imortal, quanto imoral?
Se ela a mim não foi capaz de amar,
Foi a ti, quem ela desprezou.
Mas, deixe os dias contar o tempo,
Deixe a lágrima contar a dor,
E não te importunes comigo,
Meu pobre e complicado eu,
Que em ti não há dor maior,
Do que a que em mim doeu.
©Reginaldo Honorio da Silva - O Poeta da Estrada
Cá estamos nós – eu comigo mesmo – a sós.
Eu – na segunda pessoa – indignado, indago-me:
Foste no mínimo razoável?
Plausível? Seguro?
Asseguro-te, meu pobre eu,
Que de amor morreste,
Sem, contudo, perguntar-me se era eu,
Se era eu quem te queria magoar,
Ou foste, em teus vastos domínios sobre mim,
Tu, meu malogrado eu,
Despojado de amor próprio,
De orgulho arranhado,
Quem sucumbiste às mortalhas
Do amor tão imortal, quanto imoral?
Se ela a mim não foi capaz de amar,
Foi a ti, quem ela desprezou.
Mas, deixe os dias contar o tempo,
Deixe a lágrima contar a dor,
E não te importunes comigo,
Meu pobre e complicado eu,
Que em ti não há dor maior,
Do que a que em mim doeu.
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