IDZAPRONY
(“Quero ir para o céu” na linguagem dos índios Xavantes)
Douglas Skaramouch
Quero voar entre nuvens, rumo ao infinito azul,
Lá há um paraíso de pessoas purificadas;
Local de paz e amor,
Onde não há sofrimentos,
Todos são iguais perante o Criador.
Idzaprony! Idzaprony!
Quero voar entre nuvens rumo ao infinito azul,
Lá no alto há um paraíso...
Onde estaremos longe dos malefícios e malfeitores
Que provocam guerras,
Matam velhos e fazem crianças
Selarem seus sorrisos
Por doenças e sofrimentos impostos
Por lesmas politizadas que sobrevivem
Da desgraças alheias para altos benefícios
No seu reino terreno.
Idazaprony! Idzaprony!
Vai ser bom estar longe desses
Que constrói seus ninhos particulares
Nesta ilha de papelão; terra de conflitos mil.
São indignos,
Sequer de respirar do ar perfumado da natureza
Gigante que arde em chamas de ambições,
De comerem dos frutos tenros e doces da Terra Mãe
Que é violentada nas garras diabólicas das pessoas
Que tem Deus na boca,
Diabo no coração
E ambição na alma.
São indignos de beberem das águas límpidas de rios e mananciais,
Cujos veios já exausto pelo fio da maldade.
Terra mãe! Terra mãe!
Ai esta teus filhos malditos
Já perderem a capacidade de amar o seu próximo,
Verdadeiros depósitos de ódio,
Maldições, fornicações e marginalidade.
Ardentes discípulos das concupiscências
E profanações de coisas santas.
Como passageiros do tempo,
Dentro de seu espaço,
Já recebem a devidas comissões há um povo babilônico,
Troco justo a quem se desviou dos propósitos
De um Criador que lhe dera outrora a terra prometida.
Quero voar... Quero voar...
Para aquele paraíso...
Estarei longe dos algozes,
Que na calada da floresta densa
Nos matam a sangue frio,
E após nos apontam como verdadeiros vermes
assassinos e nocivos à sociedade do branco e da natureza.
Com formas arquitetadas e sagazes nocauteiam
Nós indígenas brasileiros,
Perante a opinião do branco nos colocam como insanos e covardes.
Se formos bêbados,
Vagabundos, débeis mentais,
Ineptos ao modernismo do branco
E que este modernismo já passou pelas provas da pedra lascadas,
O branco avançou no tempo,
E nossa mente ainda dorme na pedra lascada,
Retrógrado passado,
Por este motivo somos considerados débeis mentais,
Sequer temos documentos
E nossas terras que são apenas reserva indígena
Sem escritura,
Por este motivo o branco vem e nos mata para tirar estas terras,
Por vezes apoiados pelos mandatários deste país.
No passado só vivíamos para nossos costumes,
Culturais, tradições, fé e família,
A natureza nos dava de tudo,
Nos era farta,
Daí veio o branco de cabeça adiantada e astuto,
Deu tesoura, pano vermelho, espelho,
Comeram de nossa comida,
Dormiram na rede, à sombra de nossas arvores,
Beberam de nossa água,
Ganharam nossa amizade,
Tomaram nossas terras,
Violentaram nossas mulheres,
Trouxeram doenças e a morte.
Se hoje somos o que o branco diz,
Aprendemos com ele, é a lei da sobrevivência.
As religiões... ?
Nos apresentaram um Cristo,
Que o próprio branco matou,
Cujos pés e mãos tem o sinal do punhal da maldade dos brancos.
O branco fala de castigo do inferno,
Nós não conhecemos inferno
A não ser o inferno que o próprio branco faz,
Pois para ter dinheiro no bolso mata os seus próprios irmãos
E possível vendem as terras de seus mortos.
O branco ensina religião ao índio,
O fazendeiro é abençoado com nossas terras,
Daí o fazendeiro faz festa ganha dinheiro
E a igreja enche o cobre com dinheiro manchado de sangue do índio.
Agora igrejas falam de um paraíso encima das nuvens,
Nossos jovens se suicidam para ir morar neste paraíso,
Nossa cabeça esta no passado,
Temos um Deus da nossa forma,
Não queremos o deus do branco que é misturado
Com dinheiro ensangüentado.
Queremos das igrejas dos brancos que veja na floresta
Aquele paraíso que o criador deixou para os passarinhos,
Para as flores e frutos que alimentam a alma e a vida.
Lá nas matas não existe a guerra do branco,
Existe a presença do espírito bondoso do Deus.
Idzaprony! Idzaprony!
Quero voa rumo ao infinito azul
E lá estarei junto ao meu povo que o branco matou!
(“Quero ir para o céu” na linguagem dos índios Xavantes)
Douglas Skaramouch
Quero voar entre nuvens, rumo ao infinito azul,
Lá há um paraíso de pessoas purificadas;
Local de paz e amor,
Onde não há sofrimentos,
Todos são iguais perante o Criador.
Idzaprony! Idzaprony!
Quero voar entre nuvens rumo ao infinito azul,
Lá no alto há um paraíso...
Onde estaremos longe dos malefícios e malfeitores
Que provocam guerras,
Matam velhos e fazem crianças
Selarem seus sorrisos
Por doenças e sofrimentos impostos
Por lesmas politizadas que sobrevivem
Da desgraças alheias para altos benefícios
No seu reino terreno.
Idazaprony! Idzaprony!
Vai ser bom estar longe desses
Que constrói seus ninhos particulares
Nesta ilha de papelão; terra de conflitos mil.
São indignos,
Sequer de respirar do ar perfumado da natureza
Gigante que arde em chamas de ambições,
De comerem dos frutos tenros e doces da Terra Mãe
Que é violentada nas garras diabólicas das pessoas
Que tem Deus na boca,
Diabo no coração
E ambição na alma.
São indignos de beberem das águas límpidas de rios e mananciais,
Cujos veios já exausto pelo fio da maldade.
Terra mãe! Terra mãe!
Ai esta teus filhos malditos
Já perderem a capacidade de amar o seu próximo,
Verdadeiros depósitos de ódio,
Maldições, fornicações e marginalidade.
Ardentes discípulos das concupiscências
E profanações de coisas santas.
Como passageiros do tempo,
Dentro de seu espaço,
Já recebem a devidas comissões há um povo babilônico,
Troco justo a quem se desviou dos propósitos
De um Criador que lhe dera outrora a terra prometida.
Quero voar... Quero voar...
Para aquele paraíso...
Estarei longe dos algozes,
Que na calada da floresta densa
Nos matam a sangue frio,
E após nos apontam como verdadeiros vermes
assassinos e nocivos à sociedade do branco e da natureza.
Com formas arquitetadas e sagazes nocauteiam
Nós indígenas brasileiros,
Perante a opinião do branco nos colocam como insanos e covardes.
Se formos bêbados,
Vagabundos, débeis mentais,
Ineptos ao modernismo do branco
E que este modernismo já passou pelas provas da pedra lascadas,
O branco avançou no tempo,
E nossa mente ainda dorme na pedra lascada,
Retrógrado passado,
Por este motivo somos considerados débeis mentais,
Sequer temos documentos
E nossas terras que são apenas reserva indígena
Sem escritura,
Por este motivo o branco vem e nos mata para tirar estas terras,
Por vezes apoiados pelos mandatários deste país.
No passado só vivíamos para nossos costumes,
Culturais, tradições, fé e família,
A natureza nos dava de tudo,
Nos era farta,
Daí veio o branco de cabeça adiantada e astuto,
Deu tesoura, pano vermelho, espelho,
Comeram de nossa comida,
Dormiram na rede, à sombra de nossas arvores,
Beberam de nossa água,
Ganharam nossa amizade,
Tomaram nossas terras,
Violentaram nossas mulheres,
Trouxeram doenças e a morte.
Se hoje somos o que o branco diz,
Aprendemos com ele, é a lei da sobrevivência.
As religiões... ?
Nos apresentaram um Cristo,
Que o próprio branco matou,
Cujos pés e mãos tem o sinal do punhal da maldade dos brancos.
O branco fala de castigo do inferno,
Nós não conhecemos inferno
A não ser o inferno que o próprio branco faz,
Pois para ter dinheiro no bolso mata os seus próprios irmãos
E possível vendem as terras de seus mortos.
O branco ensina religião ao índio,
O fazendeiro é abençoado com nossas terras,
Daí o fazendeiro faz festa ganha dinheiro
E a igreja enche o cobre com dinheiro manchado de sangue do índio.
Agora igrejas falam de um paraíso encima das nuvens,
Nossos jovens se suicidam para ir morar neste paraíso,
Nossa cabeça esta no passado,
Temos um Deus da nossa forma,
Não queremos o deus do branco que é misturado
Com dinheiro ensangüentado.
Queremos das igrejas dos brancos que veja na floresta
Aquele paraíso que o criador deixou para os passarinhos,
Para as flores e frutos que alimentam a alma e a vida.
Lá nas matas não existe a guerra do branco,
Existe a presença do espírito bondoso do Deus.
Idzaprony! Idzaprony!
Quero voa rumo ao infinito azul
E lá estarei junto ao meu povo que o branco matou!
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