domingo, 10 de janeiro de 2010

**LINDO DIA 07/01/2010...é o que te desejo, a minha maneira


Depois de uma noite pensando nos "por quês" cheguei à conclusão: realmente, eu sou um "porre". Nem eu mesma me agüento.

Não posso viver mais comigo...

Este pensamento "não posso viver mais comigo" ficou martelando na minha mente. Maluquei de vez? Sei lá... Mas como é que eu sinto tão fortemente que não posso viver mais comigo?

Foi então que tomei consciência que sou duas.

Claro! Se eu não posso viver mais comigo, se sinto isso tão fortemente, é porque sou duas. Existe em mim o "eu" e o "eu interior".

Qual desses "eu" seria o real? Qual dos dois não estava mais agüentando a convivência?

Depois de décadas sem me fitar no espelho, postei-me perante um e fiquei olhando minha imagem durante longo tempo, em detalhes. Fiquei espantada... ou será assustada o termo certo? Não importa, mas estava certamente visualizando um dos "por quês" que tudo originou.

E foi fitando meus olhos que tudo foi ficando mais claro em minha mente. É certo que os olhos são a porta de entrada para a Alma. E fui entrando, primeiro timidamente, mas depois sofregamente...

Eu havia me encontrado!

Foi então que tomei consciência que meu "eu" exterior é ilusório. Foi-me emprestado pela Mãe Terra, e está sujeito plenamente ao ciclo terreno. Uma semente germinada, uma flor a ser cultivada... e ao final o retorno a sua condição primeira... pó!

O outro "eu", o "eu interior", a minha Essência, este é o único que permanece. E era este justamente que gritava tal qual uma criança assustada, por não se sentir amada, por ter sido rejeitada.

A partir deste momento, uma paz incrível foi se apossando de mim. A pressão intensa do sofrimento desta noite forçou minha consciência a por fim na infelicidade que minha mente havia criado para me controlar. Já não é mais importante eu saber os porquês, pois tenho absoluta certeza que são eles todos terrenos, isto é, ilusórios e passageiros.

Existe somente uma realidade, e diz respeito ao único sentimento eterno, permanente:

AMOR.

E este é o que permeia por completo meu "eu interior", tornando-o perfeito na forma e na essência.

Walkyria Garcia

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