ADVENTO JUNINO
© Reginaldo Honório da Silva
O Poeta da Estrada
Depois que os vendavais se foram
Habitações amontoadas em gravetos
Vinho quente, pipoca e quentão
Esperam que os desabrigados
Por tradição ou por ato de fé
Ergam os mastros e ateiam fogo
No amontoado de gravetos de habitações
Dancem quadrilhas e cantem aos balões
Nas festas juninas em volta da fogueira
Das habitações amontoadas em gravetos
Que se avizinham ao advento do inverno
Não seja a tragédia o fim das esperanças
E o sepultamento da fé
De que depois da tempestade
Vem sempre a bonança.
Rio Claro, 29 de maio de 2011, às 10h30min.
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