quinta-feira, 23 de setembro de 2010

**LINDO DIA 13/08/2010...é o que te desejo, a minha maneira


Houve um tempo neste meu viver em que, ao me sentir agredida agredia também. Culpava o outro simplesmente, sem atentar para o todo da situação, ou procurando medidas paliativas. Explodia, textualmente, falando o que devia e o que não devia também. Resultado? Um imenso, um enorme tumulto.

Outro tempo houve, em que para me defender me voltava “para dentro”. Ficava quieta,amuada, chorosa. Resultado? Além de uma forte gastrite, nada que mereça ser mencionado.

Não satisfeita com ambas situações, busquei uma terceira.

Para encontrá-la e vivenciá-la tive que aprender o que é o Desapego!

Parece fácil, mas para mim não foi não!

Mas é possível, e o resultado é extremamente gratificante.

Apego é um veneno mortal, tanto para nossa alma quanto para nosso corpo físico.

Apegamo-nos facilmente às pessoas, coisas, lugares...e nos sentimos donas de tudo.

Como dizia minha mãe, sentimo-nos “donas do mundo”.

E ao nos apegarmos, damos espaço para se que instale o caos.

Apegar-me a bens materiais, lugares que considerei meu, foi imaturidade e somente me trouxe sofrimento.

Temos sim que preservar e cuidar dos bens que auferimos, mas sem nos apegarmos àquilo que é tão transitório. O termo exato é usufruirmos enquanto estão à nossa disposição, mas sem apego, pois certamente haverá o tempo de deixá-los.

Ao nos sentirmos donos do outro, da relação, e ao cedermos que de nós o outro seja dono, estamos dando o primeiro passo para alcançar o precipício do desamor.

Temos que reconhecer que somos seres singulares. Viemos sozinhos e voltaremos sozinhos também para nosso verdadeiro Lar.

Portanto, aprendi que não devo fazer do outro um analgésico para meu sofrimento e solidão, e não permitir que o outro assim me considere.

Ainda que eu reconheça que minha felicidade está em ter um coração abraçadinho ao meu coração, aprendi que para ser possível que isso aconteça, devo me desapegar e SIMPLESMENTE AMAR.

Hoje, ainda que por vezes eu retorne à minha infantilidade em lidar com o sentimento AMOR, ao primeiro sinal de dor reajo imediatamente, lembrando que o maior dos bens, o melhor que possuo é o AMOR que sinto, pois EU SOU.

Walkyria Garcia

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