A FUGA
Eduardo Rodrigues(Tatanka)
A noite era um oceano escuro
porém no fundo, depois do muro,
uma estrêla clareou.
Mostrou uma caminho
de pirilâmpos bêbados
pipocando feito bombas de São João.
A mente em pânico numa corrida louca,
pela escuridão de soluços roucos,
pensava em fugir, sumir, transgredir.
O suor escorria pelo rosto,
feito lágrima que não sofre.
Brilhando, piscando e reluzindo,
o mêdo desceu a face
e para que todos os fantasmas notassem,
cristalizou as lágrimas
emudecendo a voz, calando.
Amanheceu, luz, o sol brilhou
matando a lua do pavor.
Acordei sem fuga,
levantei pra vida.
(11/2010)
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