No cair da tarde, o Reino Encantado tinge-se de suaves matizes. No alto da colina pode-se visualizar um pequeno índio em prece.
Aproxima-se da Rainha Menina a Princesa Isabella e diz:
- O que está fazendo Rainha com este olhar absorto?
- Ouvindo a prece do indiozinho.
- Mas ele está longe. Como pode ouvi-lo?
- Eu posso, e você também poderá se ficar quietinha e ouvir a voz do vento. Sente-se aqui ao meu lado.
A Princesa sentou-se, e logo aos seus ouvidos chegaram as palavras trazidas pelo vento.
“Ó Grande Espírito, cuja voz ouço no vento
E cuja respiração dá vida ao mundo inteiro, ouça-me!
Sou pequeno e fraco,
Preciso de sua força e sabedoria.
Deixe-me viver em meio à beleza
De modo que meus olhos distingam
O vermelho e o rosa do pôr-do-sol.
Faça que minhas mãos respeitem o que criou
E meus ouvidos ouçam com clareza a sua voz.
Que eu seja sábio para poder compreender
Tudo o que ensinou a meu povo.
Deixe-me aprender as lições
Que escondeu nas folhas e nas pedras.
Eu peço força, não para ser maior
Que o meu irmão, mas para combater
Meu maior inimigo: eu mesmo."
- Faço minha a prece dele Rainha.
E cuja respiração dá vida ao mundo inteiro, ouça-me!
Sou pequeno e fraco,
Preciso de sua força e sabedoria.
Deixe-me viver em meio à beleza
De modo que meus olhos distingam
O vermelho e o rosa do pôr-do-sol.
Faça que minhas mãos respeitem o que criou
E meus ouvidos ouçam com clareza a sua voz.
Que eu seja sábio para poder compreender
Tudo o que ensinou a meu povo.
Deixe-me aprender as lições
Que escondeu nas folhas e nas pedras.
Eu peço força, não para ser maior
Que o meu irmão, mas para combater
Meu maior inimigo: eu mesmo."
- Faço minha a prece dele Rainha.
- E minha também. Amém.
Walkyria Garcia
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