- Bom dia crianças. Dia chuvoso, que bom.
- É Rainha, muito bom mesmo. O calor estava intenso e o jardim do Reino estava precisando desta chuvinha.
- E com uma chuvinha assim, nada melhor do que ficarmos conversando.
- Eu tenho uma pergunta para fazer Rainha, diz o Príncipe Pedro. Ouço falar tanto em Amor que gostaria de saber o que é o Amor.
A Rainha Menina ficou pensando na resposta que daria ao menino. Resolveu que explicaria na prática, para que todas as crianças pudessem entender o que é o Amor. Disse:
- Vocês irão dar uma volta pelo jardim assim que a chuva amainar. E irão recolher e trazer para mim o que mais despertar em vocês o sentimento de Amor.
As crianças sentaram-se na varanda da casa e ficaram observando toda a extensão do jardim. Assim que a chuva deu uma trégua saíram apressadas para buscar o que haviam escolhido.
Quando regressaram, cada um com sua prenda, diz a Rainha Menina:
- Quero que mostrem o que trouxeram.
- Veja que linda flor eu colhi, Rainha Menina. Vou colocá-la no vasinho do meu quarto, diz a Princesa Maria.
- Rainha, veja o que eu trouxe! Nas palmas de sua mão havia uma linda borboleta azul. Vou colocá-la na minha coleção – completou dizendo a Princesa Luiza.
- Olha o que eu trouxe Rainha Menina – diz o Príncipe Pedro mostrando um filhote de passarinho. Não é lindo?
- E você Princesa Izabella, o que trouxe?
- Sabe Rainha, eu vi a flor, senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo e as pessoas pudessem contemplar sua beleza. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz voando de lá para cá, não tive coragem de aprisioná-la. Vi também um passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolve-lo ao ninho. Portanto minha Rainha, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho.
O demais príncipes olharam-se constrangidos e entenderam o que seria o verdadeiro Amor. A princesa Izabella não apenas o havia sentido como havia colocado o Amor em Ação, e o trouxera não nas palmas da mão, mas no Coração.
Walkyria Garcia
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